segunda-feira, 11 de março de 2013

A Língua Portuguesa Nos Currículos de Final de Século


A autora nos alerta logo na introdução sobre como analisar o currículo, não só em seus objetivos, mas analisá-los como um processo de produção dentro de um contexto político. Fazendo uma linha do tempo sobre o ensino da língua portuguesa, expõe os fatores que ocasionavam uma certa defasagem no ensino da língua portuguesa, nos anos 50 aumentou a reivindicação e a procura por educação nas classes trabalhadoras, o que gerou seleções pouco criteriosas para escolher os professores de Língua Portuguesa. Com isso os professores tinham pouco tempo para se dedicarem aos planejamentos dando ao livro didático o papel principal na prática docente.
Ao longo do tempo iniciou uma disputa inconsciente na didática entre o ensino da língua oral e da língua escrita.

  • Sistematização da língua

A gramática tradicional é entendida como um ensino científico da língua, é como se fosse uma forma da burocrática da língua.


  • Confrontos entre tradição e inovação do currículo

Na escola tradicional, a gramática era usada como instrumento principal do ensino da língua.  Fazendo frente a gramática tradicional, surge um novo currículo baseado em uma nova concepção de linguagem. No decorrer do artigo, existem registros de como a linguagem oral e as produções textuais foram inseridas no currículo em diferentes estados do país. Os currículos passam a demonstrar uma preocupação na análise do aluno, na discussão e na produção textual. 
Diante desta nova preocupação, a didática da língua passou a tratar também do uso social da escrita. As escolas passaram a focar no ensino da norma padrão da língua para que os aprendizes utilizassem no exercício da cidadania e o acesso a normal culta como meio de transformação social.


Ao longo do semestre, tratamos de assuntos como gêneros textuais, letramento e como trabalhar a língua nas diferentes áreas do conhecimento.
O que nos leva a reflexão sobre o currículo trabalhado nas escolas atualmente, existe um acesso muito maior a informação, mas nem todos estão preparados ser flexível em sua prática e inserir outros meios para o desenvolvimento da linguagem, se prendendo apenas ao que o livro didático trabalha.
O currículo deve acompanhar o contexto social em que estamos inseridos para um exercício pleno da nossa prática e o melhor desenvolvimento dos nossos alunos que devem vir a serem cidadãos capazes de ler, conhecer, pesquisar, interpretar, produzir e atuar na sociedade em que vivem.

Análise do Livro Didático


Livro: Porta aberta
Ano: 2º

No livro analisado, é notável a relação entre os aspectos culturais da língua e o enquadramento nos eixos temáticos, visto que utiliza práticas de linguagem oral e escrita através de textos do cotidiano, tais como: receitas, listas de compras, entrevistas, manual de instruções e outros gêneros textuais. Aborda também alguns tipos textuais, como narração, argumentação e descrição. De acordo com Travaglia (Gênero textual e Tipologia textual)- a escola e o seu material didático têm seu papel definido, quando:

"É um lugar comum no debate acerca do ensino de língua o fato de a adoção das concepções de linguagem ser um ponto central na estruturação da prática pedagógica, tendo em vista que o próprio ensino da língua vem sendo repensado de modo a adequar-se às mudanças teóricas, sobretudo no que se refere a adoção da perspectiva sócio-interacionista da língua."
Nesta perspectiva, pode-se perceber durante a análise do livro didático, que as variações na linguagem oral e escrita estão presentes no livro, confirmando o que diz a autora Maciel “a compreensão equivocada de que a língua escrita é uma réplica exata da língua oral não se sustenta”. No entanto, há que ressaltar que a dicotomia existente entre oralidade e escrita exposta em um quadrinho, não é uma atividade proposta para diferenciação da relação linguagem escrita linguagem oral. Nesse sentido, a atividade apresenta lacunas no sentido de estabelecer uma prática significativa, dificultando o processo de reflexão por parte dos alunos e encarregando ao professor o aprofundamento da questão.
O livro propõe a organização e a orientação do trabalho pedagógico, sugerindo pesquisas na comunidade em que o aluno vive, como músicas e cantigas. Assim o professor pode conhecer a realidade de seus alunos e aprofundar-se no contexto social e cultural onde a escola está inserida, retomando o estudo do texto de Monteiro, em Letramento e Alfabetização, “as crianças, como atores sociais de pleno direito, participam efetivamente do contexto social no qual estão inseridas e interagem com os signos e símbolos construídos socialmente, assim como constroem novos signos e símbolos a partir dessa interação.”

            Conforme o PCN explicita em seus objetivos para o aprendizado da língua portuguesa nas séries iniciais do ensino fundamental, esta etapa é fundamental para que o aluno saiba fazer a adequação destas linguagens em diferentes situações comunicativas. Através de gêneros textuais que usam de linguagem visual, o livro insere a criança no mundo da leitura, estimulando a interpretação através de imagens, quadrinhos e tiras de humor.
Os gêneros textuais também podem exercer uma função social, de acordo com Travaglia. Através do convite que as crianças elaboram na unidade 3 deste livro, é exercida a função de dar conhecimento de algo a alguém - interação social.
Ao utilizar aspectos culturais em textos, tais como folclore e fábulas, o livro "realiza a cultura como memória viva, reativação incessante e sempre ameaçada, fio precário e promessa necessária da continuidade humana” (Forquin, 1993, p.14). Como aponta Corsino, cultura representa um conjunto de práticas significantes, que são produzidas e compartilhadas em grupo.
Há o estímulo voltado para a produção textual, explorando a diversidade textual, apresentando ao aluno a construção de textos informais, propondo em suas atividades a elaboração de convites, bilhetes, mensagens, etc. Os PCN´s apontam que esta produção auxilia no processo de identificação de gêneros textuais, atendendo à intenção comunicativa.
Mas, para que um livro que têm aspectos linguísticos apoiados principalmente no ambiente cultural, de transmissão da oralidade  e escrita seja desenvolvido plenamente, precisamos que haja uma compreensão dessa nova forma de estudar a língua materna e um comprometimento do corpo docente e da comunidade escolar. Para tanto os profissionais precisam estar abertos para uma análise cotidiana de suas práticas e que essas sejam autônomas o suficiente de forma que sua qualidade não seja comprometida.

Sequência didática
Cantigas e poesias”

Objetivo geral:
Despertar o interesse pela leitura e produção de textos, utilizando aspectos culturais, folclóricos e poéticos.

Objetivos específicos:
- Reconhecer a estrutura narrativa de um poema;
- Desenvolver habilidades de produção textual;
- Desenvolver a consciência fonológica;
- Estimular a transmissão de elementos culturais;
- Instigar o interesse pela leitura.

Justificativa:
A escolha por cantigas e poemas se deu pelo intuito de despertar o interesse dos educandos por apresentar características culturais e históricas.

Conteúdos:
- Valorização da leitura como fonte de entretenimento.
- Apresentação de variedade de gêneros literários.
Ano: 2° ano do ensino fundamental

Tempo Estimado: 1 mês

Material necessário:
- Textos poéticos (cantigas, poemas e canções);
- Cartolina colorida;
- Folha de oficio;
- Lápis;
- Borracha;
- Lápis de cor;
- Canetinha;
- Cola;

Desenvolvimento
·         1ª Etapa:
Nesta etapa a professora irá apresentar o gênero poema aos alunos, que passarão a conhecer suas características de escrita e oralidade.  A professora lerá para os alunos um poema, ou dependendo da turma, proporá uma leitura coletiva, fazendo uma interpretação oral do mesmo. Este material deverá ser obtido na biblioteca e ser estimulado o manusear pelas crianças, para que assim desperte a sua curiosidade. Neste momento os alunos tirarão suas dúvidas sobre a escrita ou significado de alguma palavra desconhecida. Como atividade haverá a confecção de um cartaz coletivo que ilustrará o poema escolhido para atividade. Utilizando como apoio a cooperação e inserção da comunidade escolar, os alunos terão que conversar com familiares e amigos sobre cantigas de roda e cantarão as mesmas na próxima aula.   A sugestão do poema para ilustração é:

Aquarela

Toquinho


Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...
Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...
Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Brando navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...
Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...
Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...
De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...
Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)


·         2ª Etapa:
Verificar junto aos alunos as canções que eles pesquisaram na comunidade, analisar qual o contexto das mesmas nos seus aspectos regionalistas e culturais. Após cantarem as cantigas a professora deverá fazer uma votação para que a turma eleja sua preferida e propor que eles ensaiem a mesma para apresentarem no evento que será realizado na culminância do projeto. Com relação à poesia relembrar os conhecimentos anteriores do tema e como atividade propor a construção coletiva de um poema. Sugerir algum tema atual ou que tenha relevância para a turma.
Alguns exemplos de cantigas de roda:

Capelinha de melão
Capelinha de melão
É de São João
É de cravo, é de rosa,
É de manjericão
São João está dormindo
Não acorda, não
Acordai, acordai,
Acordai, João! 
Caranguejo 
Caranguejo não é peixe
Caranguejo peixe é
Caranguejo não é peixe
Na vazante da maré.
Palma, palma, palma,
Pé, pé, pé
Caranguejo só é peixe, na vazante da maré!
Atirei o pau no gato
Atirei o pau no gato, tô
mas o gato, tô tô
não morreu, reu, reu
dona Chica, cá cá
admirou-se, se se
do berrô, do berrô, que o gato deu, Miau! 
Ciranda cirandinha
Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia-volta, volta e meia vamos dar
O anel que tu me deste era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou
Por isso, D. Fulano entre dentro dessa roda
Diga um verso bem bonito, diga adeus e vá-se embora
A ciranda tem tres filhas
Todas tres por batizar
A mais velha delas todas
Ciranda se vai chamar
Escravos de Jó
Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, bota, deixa o Zé Pereira ficar.
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá.
Peixe vivo
Como pode o peixo vivo
Viver fora da água fria
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Os pastores desta aldeia
Ja me fazem zombaria
Os pastores desta aldeia
Ja me fazem zombaria
Por me verem assim chorando
Por me verem assim chorando
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
A canoa virou
A Canoa virou
Pois deixaram ela virar
Foi por causa da (nome da pessoa)
Que não soube remar
Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar
Eu tirava a (nome da pessoa)
Do fundo do mar
Siri pra cá
Siri pra lá
(Nome da Pessoa) é bela
E quer casar


·         3ª Etapa:
Nesta fase começam os preparativos para a culminância do projeto, a turma conhecerá o gênero bilhete, que será usado para convidar todas as turmas da escola para a apresentação dos alunos. Serão discutidas todas as informações que deverão conter neste bilhete e de que forma elas precisam estar dispostas para serem compreendidas.  A turma coletivamente criará e confeccionará esse bilhete e se encarregará de distribuí-lo para a escola. Haverá a distribuição de tarefas, para o dia da apresentação. Se houver condições parte das crianças poderá ir a biblioteca escolher uma poesia para declamar, inclusive a coletiva criada em sala. Enquanto outras ensaiarão a cantiga.
·         4ª Etapa:
O dia da culminância do projeto. As crianças irão falar sobre a relevância das cantigas de roda e sua importância cultural. Haverá apresentação das mesmas. Quanto a apresentação dos poemas alguns alunos lerão os que mais interessaram a turma, depois se quiserem farão sua interpretação.
Avaliação:
Os alunos serão avaliados de acordo com seu envolvimento com o projeto e seu avanço na leitura, em sala de aula ou no ensaio para a apresentação das poesias, escrita e apropriação de novas palavras que foram conhecidas através das atividades apresentadas. Também no reconhecimento e produção de outros gêneros textuais como cantigas, poemas e bilhetes. O professor também deverá avaliar a contribuição que o projeto teve para o desenvolvimento da turma, destacando os pontos positivos e negativos, para que se faça uma posterior auto-avali-ação com a turma. 


 Bibliografia:
Bragança, Angiolina ; Carpaneda, Isabella. Porta Aberta.1 ed. São Paulo: FTD. 2011
MONTEIRO, Sara Mourão. BAPTISTA, Mônica Correia. Alfabetização e letramento. Salto para o futuro, Anos iniciais do ensino fundamental. Brasília: MEC, ano XIX, pp. 10-28, setembro/2009. Disponível em: http://tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/172224AnosiniciaisEF.pdf
CORSINO, A abordagem das diferentes áreas do conhecimento nos primeiros anos do ensino fundamental. Salto para o futuro, Anos iniciais do ensino fundamental. Brasília: MEC, ano XIX, pp. 29-42, setembro/2009. Disponível em: http://tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/172224AnosiniciaisEF.pdf
SILVA, Sílvio Ribeiro da. Gênero Textual e Tipologia Textual. Disponível em: http://www.algosobre.com.br/gramatica/genero-textual-e-tipologia-textual.html
Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua Portuguesa. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro02.pdf

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A Abordagem das Diferentes Áreas do Conhecimento Nos Primeiros Anos do Ensino Fundamental

A autora inicia o texto com o relato de uma professora do segundo ano sobre como desenvolveu um projeto com seus alunos. Este projeto surgiu diante da curiosidade dos alunos com um pote com lagartas que foi levado por um colega de turma.
Eles começaram a fazer perguntas sobre a vida do artrópode e a partir daí a professora resolveu iniciar com a turma um processo de observação e tudo que era observado era relatado por cada um embora a professora tenha sugerido texto coletivo.
O que vemos nesse caso é um exemplo de abertura e aceitação mútua, a professora foi espirituosa e flexível diante do acontecimento, o que gerou uma aprendizagem através de experiências e tudo baseado na curiosidade que partiu dos alunos.

Tornar a sala de aula em um lugar agradável e não cansativo, depende de muita sensibilidade por parte do professor que como um bom mediador deve procurar estar atento aos anseios do seus alunos e transformar isso em uma maneira de transmitir seus conteúdos. Nós sabemos que com tantos problemas que a educação enfrenta, muitas vezes fica difícil para um professor trabalhar com atividades criativas e instigar os seus alunos, a falta de motivação, salas lotadas e um corpo administrativo autoritário, pode ser barreiras para que o professor tenha liberdade de trabalhar de uma maneira fora do convencional.
Mas é importante que todos nós saibamos direcionar nossas habilidades em favor dos nossos alunos para levar até eles um aprendizado pleno do conteúdo, sem que eles tenham que fazer exercícios para apenas memorizar e o professor cumprir o seu calendário.
Através de questões trazidas por nossos alunos, podemos desenvolver a capacidade de pesquisa, relatos orais e escritos e isso contribui para assimilação do conteúdo tanto quanto para o desenvolvimento das linguagens.
Tudo que cerca o cotidiano da criança é possível de se tornar um objeto dinâmico de estudo que merece atenção e deve ser trabalhado.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

FALA E ESCRITA: PROPOSTAS DIDÁTICAS PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL MACIEL, Débora Amorim Gomes da Costa – UPE

O texto aborda a pedagogia utilizada para a estruturação da fala e da escrita na escola, a preocupação com o fato de que o livro didático seja o único material usado para o trabalho em sala de aula e a organização dos métodos.

"A linguagem pode ser concebida sob três perspectivas, a estruturalista - que 
compreende a linguagem como expressão do pensamento; a  transformacionalista – 
que compreende a linguagem como instrumento de comunicação; e a enunciativa – que 
concebe a linguagem como processo de interação. A terceira perspectiva representativa 
da proposta da concepção sócio-interacionista, responde as demandas exigidas por tal 
concepção, visto que trata a fala e a escrita sob a óptica do contínuo dos gêneros 
textuais (MACUSCHI, 2002)."

No primeiro caso, podemos falar que a linguagem é uma forma de externalizar o pensamento, a ideia , no segundo caso a transmissão de ideias e no terceiro a troca de ideias. Através da socialização da linguagem, nós podemos trabalhar a oralidade preparando para a escrita, ou trabalharmos paralelamente as duas.
A partir de que o aluno vai desenvolvendo sua linguagem, é importante começar a esclarecer algumas diferenças entre a linguagem formal e a informal, em que aspectos elas podem ser usadas, podendo assim fazer um trabalho de contextualização, que pode levar a estudos sobre a sociedade ou sobre grupos sociais.
Na língua falada,  temos entonação e expressão corporal como aliados na comunicação, já para a escrita é necessário que haja uma organização mental, cuidado com a gramática e algum conhecimento sobre o que está escrevendo para se fazer ser entendido. O professor é o sujeito que é o agente mediador desse conhecimento prévio que levará o aluno ao conhecimento formal.



Como experiência e contribuição pessoal posso falar sobre uma professora de letramento de um projeto chamado Escola Aberta que eu já fui voluntária. Ela levava atividades lúdicas e jogos competitivos ou cooperativos para os alunos. As atividades dela sempre visavam a leitura e a escrita como prática e construção social.

Link para o texto: http://www.anped.org.br/reunioes/31ra/1trabalho/GT10-4398--Int.pdf

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Alfabetização e Letramento

Em aula trabalhamos o texto Alfabetização e Letramento de Sara Mourão Monteiro e Mônica Baptista e o trabalho proposto foi que em grupo nós fizéssemos um slide baseado no que foi estudado.
O letramento é um tema que tem sido bastante abordado, é uma alternativa eficiente de construir o conhecimento linguístico, aprimorando-o através da prática social da leitura e da escrita.
Sobre o método do trabalho, eu achei criativo, porém não gosto muito de trabalhar em grupo, afinal as pessoas tem horários diferentes e isso complica a comunicação e execução tranquila do trabalho.


Segue o link para acessar o slide do texto 2

https://docs.google.com/open?id=0B4sB_vCgRQSBelVUUnFBQnVHNFE

domingo, 2 de dezembro de 2012

Cronograma

Segue o Cronograma da nossa disciplina.





Mês
Dia
Desenvolvimento

Novembro


08

Aula Inicial: Apresentação dos participantes
  • Levantamento de expectativas em relação à Disciplina (1. O que representa ensinar Língua Portuguesa nos anos iniciais do EF? 2. Refletindo sobre sua trajetória como aluno, quais as dificuldades maiores que encontra para compreender textos? 3. Como melhorar a leitura de alunos dos anos iniciais?)
  • Apresentação da proposta do Portfólio Eletrônico e da dinâmica da disciplina
  • Lista de emails



15

Feriado





22

Texto 1: COSTA, Débora Amorim Gomes da. Fala e escrita: propostas didáticas para os anos iniciais do ensino fundamental. 31ª. Reunião Anual da Anped, Caxambu-MG, 2008. Disponível em: < http://www.anped.org.br/reunioes/31ra/1trabalho/GT10-4398--Int.pdf

Postagem 1 (Até 28/11): a). Reflexão Escrita:  dialogar com o texto, focalizando as dificuldades encontradas para o ensino de Língua Materna, tomando a configuração do livro didático como instrumento central e discutindo os principais conceitos apresentados. Na sua produção, é preciso apontar caminhos para a superação dessas dificuldades. b). Estabelecer links com experiências em escolas públicas da região da Baixada Fluminense ou de outras localidades.



29

Texto 2: MONTEIRO, Sara Mourão. BAPTISTA, Mônica Correia. Alfabetização e letramento. Salto para o futuro, Anos iniciais do ensino fundamental,Brasília: MEC,  ano XIX, pp. 10-28, setembro/2009.  Disponível em:                    http://tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/172224AnosiniciaisEF.pdf
Postagem 2 (Até 05/12): Trabalho em grupo – discutir os principais aspectos que devem ser levados em consideração para os processos de alfabetização e letramento, diferenciando o entendimento acerca dos conceitos. Preparar uma apresentação em ppt em formato esquemático, apontando os aspectos mais relevantes do texto.
Postagem 3 (Até 05/12): Elaborar uma atividade que envolva as seguintes habilidades no desenvolvimento da consciência fonológica das crianças de 6 a 8 anos: identificação das unidades fonológicas; segmentação das unidades fonológicas; manipulação: inverter, subtrair e trocar segmentos fonológicos.


Dezembro

06

Texto 3: CORSINO, A abordagem das diferentes áreas do conhecimento nos primeiros anos do ensino fundamental. Salto para o futuro, Anos iniciais do ensino fundamental,Brasília: MEC,  ano XIX, pp. 29-42, setembro/2009.  Disponível em:                    http://tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/172224AnosiniciaisEF.pdf
Postagem 4 (Até 12/12): Comentar o texto e pesquisar alguns textos que contribuam para o desenvolvimento de habilidades leitoras nos anos iniciais do ensino fundamental.



13

Texto 4: SILVA, Sílvio Ribeiro da. Gênero Textual e Tipologia Textual.

Disponível em: http://www.algosobre.com.br/gramatica/genero-textual-e-tipologia-textual.html

Postagem 5 (Até 19/12): Produzir uma reflexão, focalizando os conceitos principais, confrontando o texto e os slides. O texto produzido deverá fazer articulação com vídeos e com links que encaminhem para outros textos (científicos e/ou reportagens)




20
Texto 5: CALDAS, Lilian Kelly.Trabalhando tipos/gêneros textuais em sala de aula: uma estratégia didática na perspectiva da mediação dialética. Disponível em: http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem03pdf/sm03ss16_09.pdf
Postagem 6 (Até 03/01/2013): Trabalho em Grupo – cada grupo deverá analisar um livro didático atual (1º a 5º ano), fazendo o levantamento da quantidade de gêneros textuais utilizados, identificando que aspectos são focalizados no trabalho com os textos (interpretação), atividades de produção textual e  analisar o material a partir do referencial teórico estudado. Cada grupo deverá postar em slides os resultados de sua pesquisa.




27

Recesso

terça-feira, 20 de novembro de 2012

O início.

Me chamo Bruna de Paula, tenho 21 anos e curso Pedagogia na Faculdade de Educação da Baixada Fluminense. O objetivo desta primeira postagem é falar sobre minha trajetória educacional e sua influência na minha que relação com a linguagem.
Minha mãe sempre leu muito pra mim, antes de eu ser alfabetizada, sabia contar a história do Soldadinho de Chumbo quase perfeitamente, porque sabia associar a imagem com o texto que já havia decorado de tanto ouvir a história.
Sempre quis aprender a ler, afinal, sou irmã caçula e ficava maravilhada ao ver meu irmão lendo e escrevendo. Talvez por tamanha motivação, fui uma das primeiras alunas da minha turma a ser alfabetizada e logo fiz uma carteirinha da biblioteca, eu tinha 6 anos. Sempre gostei muito de criar histórias e também me sentia sempre muito motivada a ser a melhor aluna em português, porque amava tirar 10 no "ditado", um dez que geralmente vinha acompanhado de um "Parabéns!" e uma estrelinha brilhosa. Depois vieram as redações e com elas o gosto pela narrativa. Afinal, quem não fez aquela redação "Minhas férias" perdeu alguma coisa na sua vida escolar.
Quando morei com meus avós, não tinha muita coisa pra me distrair durante o dia, então passava o dia criando textos, ou escrevendo roteiros de novelas pra encenar com minhas primas durante os finais de semana.
Gostava muito de ler, lia os livros paradidáticos para fazer provas, mas acabei me apaixonando por muitos deles. Pedro Bandeira foi um autor por quem eu sempre tive muita admiração, amava a capacidade dele me prender com suas histórias e sempre quis poder escrever tão bem quanto ele.
Com 12 anos, escrevi meu primeiro livro. Tive sorte de ter um ótimo professor de português da 6ª até a 8ª série, ele sempre me incentivou nas produções textuais. Mas vou confessar que minha relação com a parte de classificações de frases em tempos verbais, tipos de orações, nunca foi o meu forte. Na verdade sempre me questionei o porque daquilo tudo. Antes de terminar o fundamental escrevi mais um livro que deve ter umas 80 páginas.
No ensino médio fiz o Curso Normal, onde pude produzir bastante e apresentar seminários, sempre gostei muito de falar para o público, também estudava teatro e me apresentava. Sempre tive a memória auditiva mais aguçada, então acabava decorando mais rápido os textos dos colegas que os meus.
Para o vestibular essa facilidade com a língua me ajudou muito nas redações e hoje curso Pedagogia, que exige bastante essa habilidade para escrita, leitura e oratória.